quinta-feira, 27 de maio de 2010

tudo novo de novo

Estava à caminho da cidade feliz; cidade que fui muito feliz. O labor do dia não atrapalharia em nada. Iria reencontrá-las, mesmo que para um simples café. Ao chegar, avisto a Lari, baita profissional, amiga, conselheira. Logo vejo a Ana, queridíssima, sossegada, com seu semblante sempre feliz. Vamos ao shopping compartilhar histórias, rememorar velhos tempos; bons tempos. Mamãe Lara, inesperadamente, também estava lá; Davi uma gostosura de afofar. Conversa vai, conversa vem. Esticamos ao máximo o fio do tempo até arrebentar-se em gargalhadas, histórias felizes, momentos difíceis. A conclusão final é uníssona: tudo mudou, todas mudaram; para melhor, oxalá!! É o progresso da vida, tão esperado. Então é isso mesmo: a gente chega aqui, nos 20 e tantos anos e ergue a taça da vitória dos erros acumulados que não voltarão a ocorrer. É isso só, a vida, conjunto de situações que servem para nos deixar mais experientes, dizem, pra não revisitar equívocos. Sorrisos estridentes, olhares curiosos e adiantes, abertas aos erros inéditos. E o final, vitorioso, com um abraço apertado, desejando sucesso.. de coração, certas de que ele virá.
Adorei reencontrá-las, amigas!!!!
Um beijo em todas e em cada uma! :)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sempre ele

Pessoalmente, é um homem cordial e atencioso, sem qualquer vestígio da arrogância que acompanha alguns nomes do poder. Conversa sem pressa, e ouve com a mesma atenção com que explica suas verdades – quase sempre relativizadas de acordo com o contexto e o ouvinte. Pergunta, indaga, escuta, observa: parece aprender ao menos um tantinho com qualquer fato da vida, inclusive os mais corriqueiros ou principalmente com estes. Interessa-se, sempre, pelo outro, dando-lhe crédito em qualquer circunstância. Puxa a orelha e oferta o abraço confortante tão próprio. Cultiva a simplicidade dos verdadeiros humildes. Luxo, facilidades, dinheiro, vaidade, sucesso – os duvidosos valores contemporâneos parecem não afetar em nada suas escolhas, porque independente dos resultados da vida, quase sempre positivos, os pés continuam cravados no chão e a cabeça pensante. Tranca-se entre clássicos diversos e inúmeras publicações, como que agradecendo e cultivando seus dons. Aproveita a família, brinca com as crianças, fantasia-se de criança, faz piadas, conta histórias e doa carinho a todos sob seus olhares. Se pudesse modificar alguma coisa em si mesmo, seria um tantinho mais desapegado. Desapegado ao seu labor de todos os dias, de suas preocupações com as moléstias do mundo, com seus amados amantes. Se recebesse a chance de dobrar algum sentimento no mundo, multiplicaria a compreensão e a tolerância, embora sejam atributos completamente consolidados em sua alma. Oferta toda sua bondade e conforto com aquele olhar para o outro, que nele aparece e se consolida de forma tão natural e doce. Sim, sua vida é doce. Solidariedade aqui é palavra chave. Vive numa tranqüilidade ativa, próxima de um olhar tolerante para as coisas do mundo e dos homens, porém jamais se refugia dos resignados, como poderia parecer aos fracos, alimenta a alegria e dispensa as decepções. Afirma com tanta convicção que depende de cada pessoa transformar angústia em alívio: “muitas vezes o tempo passa e você compreende a situação, daí já deixa de ser decepção”. Para ele, o mundo gira, as filas andam, os imperativos modificam-se: “Na medida que a vida vai passando, a gente vai enxergando as coisas de maneira diferente”, parecendo transcrever os ensinamentos do vovô, meu, seu, nosso ídolo. Para os sábios, só vale protagonizar a cena quando se é sereno, simples; “não vergues, mas sê comedido”.

É isso aí, pai. Preciso me alimentar dessas tuas coisas boas.